O que é Mordomia Cristã?
Porque
nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o
Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos
ou morramos, somos do Senhor. Romanos 14:7-8
Mordomia é um tema que se encontra com ampla
estrutura tanto no antigo como no novo testamento e traduzida “mordomia” vem do
latim que significa “Administrar uma casa que não é sua”. Pertencemos duas vezes ao Senhor, pela criação e pela redenção.
O que é Redenção: Libertação e livramento – apresentada no NT como libertação da pena do
pecado mediante o pagamento de um resgate. Jesus, por sua morte na cruz, pagou
o resgate a nosso favor e nos libertou (Rm 3.24). A redenção também coloca seus termos pois se fomos
pagos do preço da escravidão do pecado agora temos outro Senhor e somos seus
servos, ou seja escravos do amor dEle.
Porque
o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma
maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo. 1 Coríntios 7:22
Fomos
remidos por amor e rendidos a um Senhor que nos coloca na posse de tudo o que é
dEle porém a mordomia tem princípios que são inegociáveis:
DEUS É DONO E NÃO ACEITA
USURPAÇÃO
Deus criou Adão e Eva com uma tarefa específica: ser mordomos
(administradores) sobre a criação, e, mesmo depois da criação, essa condição de
representante continuou conforme sinaliza o salmista: “Tu o fizeste dominar sobre as obras das
suas mãos; sob os teus pés tudo puseste.” Salmo 8:6 (NVI)
O conceito Mordomia não só lembra que somos administradores, mas
também fica estabelecido que há um só Criador e que o mesmo é o
proprietário final e definitivo de todas as coisas. “Do Senhor é a terra e tudo o que nela
existe, o mundo e os que nele vivem.” Salmo 24:1 (NVI)
Usurpar é tomar o que não
é nosso, ou seja, roubar. O Criador permitiu que eu fosse mordomo enquanto eu
não tomar o que Ele não me deu, Dalila Deus não deu e quando Sansão tomou
acabou perdendo a força que Deus tinha lhe dado, a visão, a liberdade e até o
propósito.
Quem
quer o que Deus não deu vai acabar perdendo até o que ganhou dEle!
Veja o exemplo de Davi quando
Deus o disse, através do profeta Natã que não aceitava que ele usurpasse a
mulher de Urias. Deus tinha lhe dado tudo mas não a mulher de Urias e quando
ele tomou o que Deus não deu até o que Deus deu lhe seria tirado (a vida) se
não fosse o seu arrependimento. (2 Sm 12)
O primeiro casal
viveu esse princípio por meio da árvore de cujo fruto não deviam comer e quando
tomaram do que Deus não deu perderam todas as árvores que Deus tinha dado. Após
o pecado e expulsão do jardim o dízimo foi o princípio substitutivo da árvore
da ciência do bem e do mal. Em Gênesis, temos a devolução do dízimo como um
princípio já conhecido, pois Abraão o entregou a Melquisedeque, rei de Salém e
sacerdote do Deus Altíssimo. Gênesis 14: 18-20 De igual forma Jacó demonstrou
estar familiarizado com esse princípio pelo fato de fazer a seguinte promessa a
Deus: “…e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo.” Gênesis 28:22
(NVI)
Essa décima parte sagrada (dízimo) era um reconhecimento da
condição de proprietário do nosso Deus e Senhor. “Tanto a
prata quanto o ouro me pertencem”, declara o Senhor dos Exércitos.” Ageu 2:8 Os israelitas deviam evidenciar que Deus tinha prioridade na
vida deles e isso era demonstrado através desse ato. “Honre o Senhor com todos os teus recursos e com os primeiros
frutos de todas as suas plantações.” Provérbios 3:9 (NVI)
Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais,
e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Malaquias
3:8
Deus não permite que os salvos em Cristo fiquem com
10% de todos os seus rendimento por um motivo simples, para que o povo nunca
esqueça que 100% já é dEle. Deus não permite que nós, seres
humanos, nos vejamos na posição de proprietários. Sempre seremos mordomos,
administradores e representantes, nunca donos. Os dízimos, primícias e as
ofertas nos lembram que somente Deus é proprietário no sentido absoluto.
Jesus elogiou
apenas uma vez os fariseus e foi na prática estremada de dar o dízimo até de
coisas pequenas: “Ai de vocês, mestres da lei e
fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas
tem negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem
praticar estas coisas, (dizimar até o que é pequeno) sem omitir aquelas.”
Mateus 23:23 (NVI)
Cumprir esse princípio faz do adorador um “sócio” de Deus em
coisas concretas.
MORDOMIA CRISTÃ É CONFIANÇA
Jesus confia nós que somos mordomos para fazerem a
obra dEle. Quem não é mordomo não pode ser líder de
célula, nem pastor, ou levita na igreja pelo simples fato de que Deus não
divide a glória dEle com ninguém. Alguns fazem discípulos para sí enquanto os
mordomos tem discípulos para JESUS. Alguns querem ser donos do que Deus nunca
os deu.
Se Deus não vê você sendo fiel no dízimo porque ele vai confiar
em te entregar uma vida pra cuidar, coisa muito mais importante.
Você
entregaria por um ano, sua casa, seus filhos, sua senha no banco com o cartão,
seu carro e autoridade para uma pessoa que não é de sua confiança? Se a
resposta é não porque Deus daria cargo na igreja ou uma promoção financeira pra
alguém que ele não confia?
Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua
semente, que cada ano se recolher do campo. Deuteronômio 14:22. A palavra diz que é certo que seremos fieis e leais ao Senhor e para
isso ele instituiu uma lei que nos faça diferença e que abre as janelas na
direção daqueles que ele confia. Deus vai abrir as COMPORTAS do Céu na sua
direção! (diga isso para 3 pessoas)
Conclusão:
O autor de Hebreus diz que Jesus “…foi fiel àquele que o havia
constituído…” por isso “Jesus foi considerado digno de maior glória do que
Moiséis…” que também “…foi fiel como servo em toda a casa de Deus…” Hebreus
3:2,3;5 (NVI) Portanto, não há como errar se olharmos para Jesus.
“A mordomia cristã é ter a mente de Cristo que
se entregou por inteiro naquela Cruz para cumprir o propósito de Deus fazendo a
sua vontade em primeiro lugar”
Ap Cassius Marcello